quarta-feira, 30 de maio de 2018

PALÁCIO DOS BANDEIRANTES

Palácio dos Bandeirantes. Foto: Divulgação.

A atual sede do Governo Paulista foi construída para abrigar a Universidade “Fundação Conde Francisco Matarazzo”. O projeto inicial, idealizado em 1938 pelo arquiteto italiano Marcello Piacentini, apresentava linhas abstratas, colunas, muros lisos e ampla fachada. Quando começou a sair do papel, em 1954, sob a direção do engenheiro Francisco da Nova Monteiro, já apresentava o seu estilo italiano com influência neoclássica.

A continuação da obra foi interrompida por problemas financeiros e, a partir de 1963, o edifício passou a ser propriedade do Governo do Estado de São Paulo. Em 19 de abril de 1964 transferiu sua sede do Palácio dos Campos Elíseos para o novo prédio no bairro do Morumbi, nomeando-o “Palácio dos Bandeirantes” em homenagem àqueles que expandiram as fronteiras do país até os sertões. Hoje, o local tem três funções: é sede do Poder Executivo Estadual, residência do governador e Museu.

A partir de 1970, sob o governo de Abreu Sodré, se inicia um movimento no sentido de fazer do Palácio um centro de cultura, com a constituição de acervo de móveis, quadros e objetos. Foi criada uma comissão com nomes como Oswald de Andrade, Paulo Mendes de Almeida, Sílvia Sodré Assunção, Marcelo Ciampolini e Pedro Antonio de Oliveira Neto para inicia a aquisição das obras de arte que hoje compõem o Acervo Artístico-Cultural dos Palácios Governamentais.

O Hall Nobre exibe painéis de Antonio Henrique do Amaral, Clóvis Graciano, Candido Portinari, Djanira Motta e Silva, Tomie Ohtake, Alfredo Volpi e Aldemir Martins. No Salão dos Despachos, estão as obras de Theodoro José da Silva Braga, Oscar Pereira da Silva, Benedito Calixto e Pedro Américo, retratando fatos e cenários do Estado. Durante as visitas, que são orientadas e acontecem de hora em hora, é possível ver ainda o Salão dos Pratos e a Galeria dos Governadores, onde estão expostos mobiliário, peças de arte sacra e louçaria.

O visitante encontra obras que retratam um Brasil multiétnico como na série do artista Rubem Valentim que registra a etnia negra, e José Cláudio da Silva, que retrata uma viagem à Amazônia – pedaços de um Brasil que poucos conhecem. Exposições temporárias trazem à luz outras peças únicas desse rico acervo cultural e artístico.

O vasto jardim, de 125 mil metros quadrados, corresponde a 70% do terreno. Lá, estão mais de duas mil árvores, entre elas: pau-brasil, ipê amarelo, ipê rosa, palmeira jerivá, castanheira, cedro-do-líbano, jequitibá rosa, quaresmeira, jatobá, jacarandá mimoso. Elas convivem com aproximadamente 40 espécies de aves como pica-paus amarelo e negro, quero-quero, joão-de-barro, tico-tico, alma-de-gato e o sabiá-laranjeira.

Serviço:

End.: Av. Morumbi, 4.500 – Portão 2 – Morumbi.
Tel.: (11) 2193-8282.

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