sexta-feira, 1 de junho de 2018

LIBERDADE

 Liberdade. Foto: José Cordeiro/SPTuris

Até o início do século passado era apenas um bairro como todos os outros que circundam a região do centro, mas com o decorrer dos anos tornou-se o reduto de colônias japonesas, chinesas e coreanas. A Liberdade é atualmente um dos principais pontos de visita daqueles que vêm à capital.

A imigração dos japoneses para o Brasil começou em 1908, com a chegada do navio Kasato Maru no porto de Santos. O início da caracterização da Liberdade como bairro típico do país oriental se deu no ano de 1912, quando os primeiros visitantes começaram a se fixar na Rua Conde de Sarzedas. Antes disso, aqueles que decidiam trocar a Ásia pelo Brasil se direcionavam principalmente para o interior do estado de São Paulo.

Com o passar do tempo, esses “desbravadores” foram se habituando ao local e as atividades comerciais à moda japonesa passaram a surgir ali. O resultado de décadas dessa influência é o que pode ser observado hoje: a Liberdade é um pedaço do Japão na maior metrópole da América do Sul. Calcula-se que cerca de 400 mil japoneses e descendentes morem hoje na capital.

Liberdade. Foto: José Cordeiro/SPTuris


O turista mais atento pode perceber que imigrantes de outros países do oriente também são encontrados com frequência na região. Mas a despeito disso, o bairro ainda concentra manifestações culturais nipônicas. Muitos falam o idioma materno e várias fachadas são escritas com ideogramas japoneses.

Entre as atrações do local estão restaurantes e docerias típicos, além de lojas e livrarias com artigos daquele país. Outras particularidades que atraem os visitantes são a arquitetura peculiar do bairro, as tradicionais lanternas japonesas que enfeitam a maior parte das ruas da região e o grande pórtico (torii) situados na Rua Galvão Bueno. Destaque também para o Templo Busshinji (tel.: 11 3208-4515), representante da comunidade zen-budista de tradição Soto Shu, que fica na Rua São Joaquim e pode ser visitado. Semanalmente, às quartas e aos sábados, há meditação dirigida especialmente aos iniciantes. Para o passeio ser completo, o turista ainda deve conhecer a feira de artesanato, que acontece aos finais de semana na Praça da Liberdade, junto à saída da estação do Metrô de mesmo nome. O local também abriga eventos tradicionais como o Tanabata Matsuri (Festa das Estrelas), que acontece em julho.

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